Em meio a um cenĂĄrio de crise econômica que afeta grande parte da população brasileira, os altos salĂĄrios recebidos por ministros de tribunais superiores geram polĂȘmica e indignação.
No Superior Tribunal de Justiça (STJ), o maior rendimento lĂquido registrado em um mĂȘs foi de R$ 119 mil, com mĂ©dia mensal de R$ 88 mil entre os ministros. JĂĄ no Superior Tribunal Militar (STM), os valores são ainda mais surpreendentes.
No STM, um ministro chegou a receber lĂquidos R$ 318 mil em um Ășnico mĂȘs, com mĂ©dia mensal de R$ 286 mil.
"Os valores elevados se justificam em razão de indenizações acumuladas, como antecipação de gratificação natalina, fĂ©rias e direitos de exercĂcios anteriores." disse a assessoria do STM.
A discrepância entre esses valores e a realidade da maioria dos brasileiros reacende o debate sobre a necessidade de transparĂȘncia e controle de gastos pĂșblicos.
Um caso isolado, mas ainda assim relevante, foi o de Antônio FabrĂcio de Matos Gonçalves, empossado em julho de 2024 no STJ, que recebeu R$ 102 mil brutos e R$ 83 mil lĂquidos no mesmo mĂȘs.
Em tempos de crise, a alta remuneração de ministros do STJ e do STM gera questionamentos sobre o equilĂbrio entre os salĂĄrios do JudiciĂĄrio e a realidade socioeconômica do paĂs. A justificativa apresentada pelo STM sobre indenizações acumuladas não apaga a percepção de privilĂ©gios.
O contraste entre a situação financeira desses ministros e a de grande parte da população brasileira intensifica a discussão sobre a necessidade de reformas e medidas de austeridade no setor pĂșblico.
*Reportagem produzida com auxĂlio de IA